Soja tem mais uma alta em Chicago
A redução da safra argentina também contribuiu para o movimento de alta

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em alta nesta sexta-feira, impulsionada pela demanda robusta e pela perspectiva de uma safra menor na Argentina. No entanto, a semana terminou em baixa, conforme destaca a TF Agroeconômica. O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, subiu 0,52%, a US$ 10,16/bushel, enquanto o vencimento de julho avançou 0,49%, para US$ 10,30/bushel. Já o farelo de soja recuou 0,39%, para US$ 305,9/ton curta, e o óleo de soja registrou alta de 0,75%, a US$ 41,59/libra-peso.
Apesar da recuperação nos últimos dias, os preços da soja encerraram a semana com queda acumulada de 0,88% (-US$ 9,00 cents/bushel). O farelo teve valorização de 0,49% (+US$ 1,5/ton curta), enquanto o óleo de soja recuou 4,21% (-US$ 1,83/libra-peso). O mercado encontrou suporte na expectativa de importações recordes de soja pela China no segundo trimestre de 2025, podendo atingir 31 milhões de toneladas, em resposta a um cenário de oferta escassa no país.
A redução da safra argentina também contribuiu para o movimento de alta nesta sexta-feira. Além disso, a boa demanda pela soja americana, evidenciada nos dados de exportação divulgados na quinta-feira, reforçou o suporte ao mercado. Segundo Liu Jinlu, pesquisador agrícola da Guoyuan Futures, a escassez de soja na China tem sido severa, levando diversas usinas a interromper operações.
Mesmo com as incertezas nas relações comerciais entre EUA e China, os compradores chineses seguiram ativos no mercado, garantindo suporte aos preços da soja em Chicago. Contudo, a trajetória semanal de queda reflete as pressões do cenário macroeconômico e das condições climáticas nos principais países produtores.